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Julgamento de policial penal que matou professor de ginástica por causa de briga de trânsito é realizado em Olinda

Crime aconteceu em 2024

Por: Redação CBN

Teve início o julgamento de Claudomerisson José do Nascimento, policial penal de 55 anos acusado de matar o professor de ginástica Marlon de Melo, de 31 anos, após uma discussão no trânsito. O júri popular aconteceu no Fórum Lourenço José Ribeiro, localizado na Vila Popular, em Olinda, no Grande Recife.

Familiares de Marlon estiveram no fórum para acompanhar o julgamento. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou Claudomerisson por homicídio qualificado, considerando motivo fútil e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Os parentes do professor levaram cartazes com fotos dele e vestiam camisas pedindo justiça. A viúva, Milena Torres, contou que a filha do casal, de 8 anos, questiona sobre a ausência do pai. O pai de Marlon, Djair de Freitas, também compareceu. O réu chegou ao fórum por volta das 9h, mas a imprensa não pôde entrar no Salão do Júri, onde ocorreram os depoimentos.

Antes do julgamento começar, o assistente de acusação e advogado da família, Madson Aquino, disse confiar no relato das testemunhas, que são comerciantes da região onde o crime ocorreu.

No dia do crime, quando os familiares de Marlon foram à delegacia registrar a ocorrência, encontraram um boletim com informações semelhantes, mas feito previamente pelo policial penal, alegando ter sido vítima de tentativa de assalto.

A advogada de defesa, Ivana Lima, afirmou que pretende comprovar que houve uma tentativa de roubo.

O crime aconteceu em maio de 2024. Segundo familiares e amigos, Marlon voltava do trabalho de moto quando discutiu com Claudomerisson, que atirou duas vezes, atingindo seu tórax e seu braço.

Marlon foi levado em estado grave ao Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, no Recife. Ele morreu no dia 8 de maio, quatro dias depois dos disparos. De acordo com o HR, o primeiro tiro perfurou o pulmão e se alojou na coluna. Ele chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu.

Na época, Claudomerisson, então com 54 anos, trabalhava como policial penal na Paraíba, onde foi aberto um processo administrativo contra ele. A Justiça acolheu a denúncia do MPPE e decretou sua prisão preventiva. O acusado foi detido em 17 de maio, em Olinda, e encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.

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Acervo CBN

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